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ENCONTROS DA CERCA

Criação, ideologia, identidade

Moderação: Jorge Vaz de Carvalho

Quando passam cinco décadas sobre a Revolução que nos trouxe a liberdade de expressão, debruçamo-nos sobre os limites hodiernos dessa mesma conquista. Convidamos pensadores e artistas de diferentes áreas e gerações para, parafraseando Salgueiro Maia, olharmos para ‘o estado em que estamos’ no que diz respeito à criação. Qual o papel da ideologia naquilo que hoje fazem os artistas? E o da identidade? Será que a arte é passível de ser ‘útil’, e que os espectadores de hoje esperam ainda aceder a uma ‘mensagem’ quando se sentam numa plateia, abrem um livro, ou visitam uma galeria?
Atendendo ao contexto digital, volátil — e não poucas vezes incendiário — em que vivemos, até que ponto os criadores são ainda livres, tal como passaram a ser há cinquenta anos? Será que existem mesmo, hoje em dia, novas formas de censura? E que alguém passou a vigiar — por detrás de que biombos? — aquilo que é legítimo ser escrito, exibido e levado à cena?

Uma luz em tinta preta

A arte nunca é plena liberdade. Sim, o criador inventa por sua escolha e decisão da vontade. Mas num território limitado: o vocabulário, a tela, os sons, o palco. E tão-só enquanto a criatividade persistir. Há criadores que libertam a sua luz a vida inteira e brilham muito além da morte; a outros a luz chega num impulso, afirma-se uma única vez, ou poucas vezes, e desiste para sempre.
A arte não é normativa. Toda a normalização da arte é antagonista da criatividade, por definição aventura inovadora, transformadora, revolucionária do espírito humano. Prescrever o que ela deve ser, ou impor como se deve manifestar, é um despropósito de mentes subalternas. A luz da imaginação poética rejeita os predicadores sectários, mesmo trajados com os figurinos das boas intenções.
À arte que quer libertar o mundo importa libertar-se ela própria: olhar o próprio papel e libertar a sua luz da tinta preta. hoje fazem os artistas? E o da identidade? Será que a arte é passível de ser ‘útil’, e que os espectadores de hoje esperam ainda aceder a uma ‘mensagem’ quando se sentam numa plateia, abrem um livro, ou visitam uma galeria?
Atendendo ao contexto digital, volátil — e não poucas vezes incendiário — em que vivemos, até que ponto os criadores são ainda livres, tal como passaram a ser há cinquenta anos? Será que existem mesmo, hoje em dia, novas formas de censura? E que alguém passou a vigiar — por detrás de que biombos? — aquilo que é legítimo ser escrito, exibido e levado à cena?

Jorge Vaz de Carvalho

Painel I

Filipa Oliveira
Maria Rueff

Sérgio Sousa Pinto
 

Painel II

Henrique Raposo
Raquel Freire

Margarida Vale de Gato

Sábado • 6 Julho • 15:00

Entrada livre

Convento dos Capuchos

Rua Lourenço Pires de Távora, 2825-041 Caparica

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Filipa Oliveira

Filipa Oliveira é desde 2018 Programadora de Artes Visuais da Câmara Municipal de Almada, tendo a seu cargo a direcção artística da Casa da Cerca, Galeria Municipal e Convento dos Capuchos. Entre 2015 e 2017 foi directora artística do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. Foi curadora-assistente na 28.ª Bienal de São Paulo, em 2010 e em 2012, e foi curadora-convidada do projeto Satellite, no Jeu de Paume, Paris. Em 2022 foi co-curadora, com Elfi Turpin, da Meia-Noite. Anozero, bienal de arte contemporânea de Coimbra. Em 2024, é a creative mediator da Manifesta 15 Barcelona Metropolitana.

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Henrique Raposo

Henrique Raposo, casado, duas filhas, é escritor e cronista do jornal Expresso e da Rádio Renascença. É autor de vários livros, com destaque para Alentejo prometido,
um road movie familiar, e, mais recentemente, As três mortes de Lucas Andrade, o seu primeiro romance. Fez investigação académica, foi editor da revista Atlântico, e
colaborou com o jornal Público, com o jornal Diário de Notícias, e com o jornal Independente. Licenciado em História e mestre em Ciência Política, encontra-se nesta
altura a preparar o seu segundo romance.

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Jorge Vaz de Carvalho

Jorge Vaz de Carvalho, além de músico de carreira internacional, é doutorado em Estudos de Cultura pela Universidade Católica de Lisboa. O seu trabalho literário inclui obras de poesia (A lenta rendição da luz e Todos os caminhos), conto, ensaio (Ensaios de Sena) e tradução (de obras de Blake, Dante, Eco, Woolf, Joyce, entre outros). Exerce regularmente actividade de articulista e de conferencista. Foi director da Orquestra Nacional do Porto e do Instituto das Artes. É professor e coordenador científico da área de Estudos Artísticos da Universidade Católica Portuguesa.

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Margarida Vale de Gato

Margarida Vale de Gato é autora dos livros de poesia Lançamento, Atirar para o torto e Mulher ao mar, um projeto em curso iniciado em 2010 e cuja última edição é Mulher ao mar e Corsárias. Traduziu para português, entre outros, Henri Michaux, Nathalie Sarraute, Yeats, Mark Twain, Vladimir Nabokov, e Jack Kerouac. Investiga e ensina nas áreas de Estudos Americanos e Tradução Literária na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem-se debruçado sobre a obra de poetas como Pessoa, Poe e Whitman, quer através da escrita ensaística, quer da edição de antologias.

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Maria Rueff

Maria Rueff, formada na ESTC, é uma actriz de quem se pode dizer, com plena propriedade, tratar-se de uma comediante. Estreou-se como profissional em 1991, sob a direcção de Armando Cortez. Desde então a sua carreira tem sido ascensional, com presença destacada em variados programas de televisão, filmes e peças de teatro. A sua colaboração com Herman José, longa e profícua, tem gerado várias personagens como nunca se tinham visto em Portugal interpretadas por uma mulher, das quais Zé Manel Taxista será porventura a mais longeva.

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Raquel Freire

Raquel Freire é realizadora, argumentista, escritora, produtora e mãe. Os seus filmes Rio vermelho, Rasganço, Esta é a minha cara, Veneno cura, Dreamocracy, L’Academie estrearam em festivais como os de Veneza, Turim, São Paulo, Montreal, Leeds, Clermont-Ferrand, Porto PosDoc. Co-realizou com Tainá Maneschy o filme de animação Mulheres do meu País. Escreveu, realizou e produziu a trilogia de documentários Histórias das mulheres do meu País e o filme Mulheres do meu País. Encontra-se neste momento a realizar o filme e a série Mulheres de Abril, que estreará no próximo ano.

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Sérgio Sousa Pinto

Sérgio Sousa Pinto formou-se como jurista na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi Secretário-Geral da Juventude Socialista e membro do Conselho Nacional desse partido. Foi Deputado ao Parlamento Europeu. Actualmente preside à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República. Foi coautor, com Mário Soares, do livro Diálogo de gerações, tendo publicado ainda o livro de crónicas República à deriva. Tem participado em diversos programas radiofónicos e televisivos, sendo presentemente comentador residente da CNN.

Companhia de Teatro de Almada

Av. Professor Egas Moniz, Almada, 2804-503, Portugal

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